O Rio Douro separa duas cidades, Vila Nova de Gaia na margem esquerda e o Porto na margem direita. Estas duas cidades são unidas por várias pontes que vos quero dar a conhecer, num percurso pedestre ao longo da marginal do Porto entre o Freixo e a Foz do Douro.
Começando a montante, a primeira ponte que liga as duas cidades é a
Ponte do Freixo, um projecto do Prof. António Reis. A ponte do Freixo não é uma mas sim duas pontes. Trata-se de facto de duas pontes separadas por por dez centímetros uma da outra. Tem oito vãos sendo de 150 metros o mais largo. O seu tabuleiro rodoviário tem oito vias de trânsito, quatro de cada lado, que permitem o fluxo de veículos motorizados no sentido norte e no sentido sul. Foi inaugurada em 1995.
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Ponte do Freixo |
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Ponte do Freixo - pormenor |
Seguindo sempre pela marginal, vamos logo de seguida encontrar a
Ponte de São João, um projecto do Engenheiro Edgar Cardoso.
Fazendo jus ao seu nome, a ponte foi inaugurada no dia de São João, em 24 de Junho de 1991.
É uma obra de engenharia notável, construída por uma única peça contínua de grandes dimensões, formando um pórtico múltiplo de pilares verticais, apoiados em dois pilares assentes no leito do rio. Apresenta um total de 1140 metros e permite a circulação simultânea de várias composições ferroviárias.
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Ponte de São João |
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Ponte de São João |
Logo de seguida encontramos a bonita
Ponte de Dona Maria, estrutura em aço, construída por Gustave Eiffel em 1887.
A estrutura em aço forjado é formada por uma plataforma de 352 metros de comprimento suportado por dois pilares de um dos lados do rio e por três pilares no outro lado. O seu arco central tem uma extensão de 60 metros. Serviu como ponte ferroviária até à sua substituição pela ponte de São João, estando desde então desactivada.
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Ponte de Dona Maria |
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Ponte de Dona Maria, com a ponte do Infante a seguir, vendo-se ainda a extremidade direita da ponte de D. Luís em último plano |
Seguindo sempre pela margem do rio Douro em direcção à sua foz, vamos encontrar uma quarta ponte rodoviária, a
Ponte do Infante. Foi responsável do projecto o Eng. José Fernández Ordóñez, coadjuvado pelos Eng. António Adão Fonseca e Francisco Millanes Mato. Possui 371 metros de extensão e tem duas faixas de rodagem em cada sentido, separadas por um separador central de um metro. Possui ainda passeios laterais com três metros de largura de cada lado das vias. O seu arco tem um vão de 280 metros.
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Ponte do Infante |
Continuando sempre nas margens do Douro vamos encontrar uma quinta ponte da responsabilidade do Eng. Téophile Seyrig, que fez parte da equipe de Gustave Eiffel quando da construção da ponte de Dona Maria.
Esta quinta ponte do Porto é uma outra belíssima construção em ferro forjado, com dois tabuleiros, a
Ponte de D. Luís.
O seu arco, tem uma altura de 45 metros e 172 metros de comprimento. À data da sua inauguração em 1886, era a ponte deste género, mais comprida do mundo.
Os seus dois tabuleiros têm um comprimento total de 385 metros.
O tabuleiro superior serve hoje em dia para a circulação da linha do Metro de Superfície do Porto e o tabuleiro inferior faz ligação rodoviária entre as duas cidades que marginam o Douro.
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Ponte de D. Luís |
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Ponte de D. Luís |
Mesmo ao lado da Ponte de D. Luís podem ainda ser observados os dois pilares da antiga
Ponte Pênsil, desactivada quando da entrada em funcionamento da ponte de D. Luís.
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Pilares Ponte Pênsil, mesmo ao lado do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís |
Continuando sempre em direcção ao mar, vamos encontrar a última ponte sobre o rio Douro. A
Ponte da Arrábida, também um projecto do Eng. Edgar Cardoso. De um único arco, é também uma muito bonita obra de engenharia, reconhecida internacionalmente como uma obra-prima da engenharia de pontes. Quando foi concluída em 1963, o seu arco de betão armado era o maior em todo o mundo.
Serve de ligação rodoviária entre as duas margens do Douro que um pouco mais adiante vai desaguar no Oceano Atlântico.
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Ponte da Arrábida |
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